Mineiros que brilham lá fora provam que o estado é celeiro fértil de talentos que levam Minas além das Gerais
Made in Minas
* Geraldo Goulart
Talento, determinação, sorte ou senso de oportunidade: quais dessas características seriam determinantes para se alcançar sucesso? Os mais crédulos diriam que se trata de predestinação. As perguntas são muitas, mas fato é que poucos chegam lá. Neste rol seleto estão muitos mineiros. Aliás, Minas sempre levou seu nome além das Gerais. Ana Luiza Fillizolla, Juliana Abrahão e Bárbara Savoi Diniz: elas derrotaram europeias e japonesas em competição internacional
Compasso internacional
Talentos tipo exportação continuam a nascer aqui. Minas das gentes, das raças, das festas e das cachaças. Encontro descobre os novos talentos made in Minas, mostrando que “mineiro” virou sinônimo não só de prudência e cautela, mas também de sucesso.
Na ponta dos pés
Quem vê a leveza e desenvoltura com que essas três mineiras dançam, não imagina o trabalho árduo por trás de tanta beleza.
* Geraldo Goulart
Bárbara Savoi: plasticidade de movimentos conquistou a banca de jurados na Alemanha
Ana Luiza Filizzola Mesquita, Bárbara Savoi Diniz, ambas de 17 anos, e Juliana Abrahão Reis e Souza, de apenas 15, dedicam horas por dia a uma paixão comum: a dança. “Muitos amigos perguntam como consigo ficar cinco ou seis horas no balé, todos os dias da semana, e ainda ter aulas no sábado. Mas, assim que entramos no palco, todo aquele tempo, todas as horas de esforço, cansaço e dores valem muito a pena”, afirma Ana Luiza.
Se valem! As três mineirinhas participaram este ano do concurso Tanzolymp em Berlim, com bailarinas do mundo inteiro. Depois de serem selecionadas por vídeos, começaram um trabalho árduo. “Não tivemos férias, apenas cinco dias de descanso, no período do Natal e do Ano Novo”, conta Bárbara. Apesar de a dança não ser muito valorizada no país, as meninas mostraram todo gingado e carisma brasileiro. Ana Luiza ficou em primeiro lugar na categoria Clássico/Neoclássico. “Foi uma surpresa, não esperava que diante de um júri tão rigoroso, ganharia de todas aquelas russas, japonesas e europeias. Assim, fomos chamadas para dançar na Gala, com os vencedores das outras categorias. Foi muito emocionante, fiquei muito feliz”, lembra.
Bárbara Savoi foi a segunda colocada na mesma categoria e Juliana Abrahão também foi premiada com o segundo lugar, porém na categoria de 13 a 15 anos. As meninas foram preparadas na Compasso Academia de Dança, com a supervisão da bailarina Lúcia Vieira. “Fazemos um trabalho personalizado, onde identificamos o potencial de cada uma e trabalhamos suas habilidades”, conta.
Adolescentes, talentosas e cheias de sonhos, elas se miram em ídolos como Ana Botafogo, Sylvie Guillem, Paloma Herrera, Polina Semionova, Svetlana Zakhárova, entre outras. Querem fazer cursos de especialização no exterior e conquistar palcos no mundo inteiro. Com certeza, o primeiro passo foi dado em Minas, rumo ao sucesso além das Gerais!